quinta-feira, 12 de maio de 2016

Rezo um poema E limpo a alma



Rezo um poema
E limpo a alma
Rezo um poema
Invoco os deuses
E dentro de mim renasce
Pássaro de luz.
Dorme hoje meu ser amado de mim
Dorme descansa.
Lança a tua lança anjo criança.
Agarrada a um corpo nu e limpo
Tu, eu.
Não será grande este corpo todo que é cosmos
Possuo o pó das estrelas a luz das coisas belas.
Oiro… seios de oiro.
Rochedos libidinosos
Grutas húmidas paredes suaves
Há tanta frescura nestes vales e nestes musgos húmidos e quentes
Há tantas sementes latentes
Cada uma prestes a germinar
As radiculas penetram a terra húmida
Agarram-na por dentro intumescida…
Há tantos poetas no meu leito
Há tantas pétalas por onde me deito.
Descansa…
Lança a tua lança meu anjo criança
Meu cravo entristecido
Meu roble orvalhado
Um fim merecido.


Lúcia

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