quarta-feira, 17 de julho de 2019

Havemos de nos cruzar ainda

Eu ainda tenho esperanças que seja apenas um acaso o facto de não nos termos cruzado
Ainda e assim por acaso, num sítio qualquer por aí no tempo

Nada do que virá será parecido ou semelhante ao que já poderia ter sido antes
Não sinto necessidade de recitar juízos de valor
Não há imperativo em reafirmar as certezas
Nem vantagem em esvurmar o que ficou, já tão longe!
Essa distância em relação ao que nos distingue é quase abismal e as estórias do passado parecem-me também a esta distância inverosímeis
É um quase mundo novo onde na verdade sempre vivi
Não aclamo nenhuma espécie de ascensão ou nirvana
É uma coisa quase casual e quotidiana

Sigo num caminho sem desespero na busca
Sentem o solo as plantas dos pés que assentam com segurança
Há convicção, firme certeza e perseverança
Chegamos a vários lugares quando vamos a caminho
 no caminho, vive-se a vida.
Eu tenho a certeza que nos vamos cruzar por aí, onde ainda não fomos,
Onde ainda não somos.