terça-feira, 6 de janeiro de 2015

TERRA QUENTE



Terra quente
Corre-te um rio no ventre

Zonas húmidas abaixo de cada vertente
Este vale encaixado, terra boa!
Tem gente onde se atira a semente…

Vale húmido e quente
Ergue-te belo-subtil-singelo: corpo
Que promete quase erupção
Oh, estremece e emudece… não está morto late, bate o coração.
Oh, sozinho encaixado sossegado
Não és um vulcão ordinário, cone principal ou secundário
És só quente-quente és quase gente com e és ser vivo e inanimado
És ser vivo com coragem ergueste longo como numa viagem
Belo animal dorso vertebral movendo-se gigante em bela imagem
Sob o céu intempestivo
Investe teu corpo, ser vivo
Ergueste em montanhas
Desprendeste em miragem
E projetas-te no cosmos
Oh terra quente… estavas quase
Solta da terra ave planadora
Que voa, voa, voa…


Lúcia

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