sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Sopras



Sopras
Nas sombras…sós
Quase nos sobras e sem sobras estamos nós…
Nós imensidão de gente, só, só gente…
Insolidária.
Nós na imensidão, imaginária,
Agrupados no vazio do nada
Seria que a Humanidade desertaria…
Portanto a solidão-sossegada-sussurrada-sombria…
Alegoria sem alegria, uma parémia qualquer dia:
“Havia, gotas de gente num mar
e, de repente, sem se esperar…
como se algo sacro transcendente
os tivesse abandonado…”
um rio um mar de gente
um corpo desabitado, desocupado
cada ser isolado na imensidão…
sopram-me vento
brisa suave ou tormento
sopra-me, inflama-me, inflama-me!
 Uma chama, que me chama e me chame, que inflame o coração!


um dia qualquer
Lúcia

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