terça-feira, 22 de junho de 2021

se é, REVOLUÇÃO É nome para ser

 

Há uma dor

Um desconforto

Uma desobediência física geral

Ou um corpo à espera de uma vontade

Uma vontade maior

Uma vontade de vontade verdadeira

Uma vontade com um motivo que tenha razão

Não um “pode ser que”

Mas uma certeza absoluta de qua a ação vai ter um resultado concreto

Estou farta de bracejar e nada

Estou farta de ser tudo e invisível

Eu quero um fim e uma meta

Uma meta concreta de nos levar a um pódio merecido

Já não me basta andar de jogo em jogo vencido

Eu agora só quero a taça

Faça o que faça

Já não à farsa, nada é de graça

 

Eu agora quero o pão

Que manja a boca e a razão

Eu agora quero o auge e a satisfação

Acabaram-se os fretes e as palavras ao vento

Prontas a serem papadas nos cataventos

 

Eu agora… doí-me a barriga e tenho fome

Já não há ação por ação

É revolução e tem nome

Não me importa a cotação

Na a exequibilidade da substituição

Eu agora tenho fome

Preciso de água e pão

Que me manja a boca e me pede a razão

Já não há borlas das ditas

Se em mim ficam a mim dão prazer

Não há folhas soltas

Nem amoras voluptuosas para ler

Assim, só por que sim e pode ser.

Eu, agora, tenho fome

De boas palavras para ler

Já não há ação por ação

Se é, revolução

É o nome para ser.

 

 A Lúcia

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