terça-feira, 3 de outubro de 2017

Meu amor, ouviste, passou a tempestade.



Já te disse que a tempestade passou?
Meu amor, ouviste, passou a tempestade,
Anda ergue-te e vem ter comigo
Estou serena e segura
Viste a égua na colina
Fêmea esbelta e madura
Esvoaçava a negra crina…

Sinto saudades amor, dos abraços e dos braços
Dos lábios e dos beijos
Tenho acalmados os ansiosos e calados os desejos
Onde estão meus laços?

Oh meu amor deixa lá, vamos comer castanhas
Alimentar as entranhas
E deixar do discursivo disruptivo…
Do teu ar evoluído envolvido…

Agora sinto que nunca mais posso falar
E que os meus lábios são segredos
Restam-nos os momentos e os rochedos
Que se lembram do nosso amor
Sinto no meu interior
Cada toque do teu corpo
E o meu que não está morto
Vive jubila quente, como magma no ventre
Amo-te como a Terra pulsa magnânima vida
Amo-te como uma erupção explosiva
Com uma dedicação efusiva…

Mas agora, amo serena
Porque é tempo de recolher
Espero atenta o momento de fazer
Oh, meu amor vamos comer castanhas, aí num parque qualquer
Onde as folhas do outono pelo sol banhadas, fazem um doce deleito, prazer
Deitar-me no teu peito sentir-te nascer
Podemos descansar e apenas ser?

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