segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Rasguei o céu com as mãos



Rasguei o céu com as mãos para poder respirar
A lua finalmente pariu e derramou luz
Algo que nos pudesse iluminar
Surgiu imaculada no negrume do pus


Por fim, vou nascer.
Por fim esquecemos de vez os Ogres
Por fim, vejamos só o que é e o que tem de ser.

Eu sou sempre:
Constante intermitente
Como luz dia evidente.

Lamento, se não me apoquento se é a ti que preocuparia,
Mas, em realidade, se eu não fosse coerente era a mim que puniria!
Não sou serva, muito menos que sirva o serviço que não me serve,
Por dentro da virtude e de tudo que à luz concerne.

Com as minhas duas mãos, rasguei o véu
Para deixar passar o céu
Deixai os astros respirar
Rasguei o arquétipo implantado
E se ainda não o rasguei… um dia será rasgado. 
Lúcia 

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