quarta-feira, 13 de setembro de 2017

As colheitas



Passo entre ruas e vielas
E vejo as histórias delas
E oiço os gritos das janelas fechadas
Estamos as duas sós, nós isoladas…

Minha alma, minha boa companheira me acompanha,
Venha a colheita ainda que não seja dia d’apanha.

E nos momentos do recolher
Vejo-te sol, morrer...
Mas estou aqui de novo
Se me quiseres ó povo
Com corpo para sofrer.

Sejamos flor
Meu bom amor, que não há ciência nem sapiência que caiba ao mundo
Se não houver amor e bem profundo.

Ah, sim não é utopia, é o equilíbrio!
É o equilíbrio vital de um bem empático e racional.
O amor é reto e coerente por isso não é preciso disciplina pelo que se sente.
Porque ele mesmo dita regras linhas leves e decididas
Nas tuas mãos dirigidas e nas palavras
Polidas, claras, lavadas.

A disciplina do frio
 é para impor a quem não sabe bem por onde passa o rio…
agora tu meu amor, sabes de certo onde te por
se a tua disciplina for a do bem … meu amor.

Lúcia

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