sexta-feira, 30 de junho de 2017

Sabes meu amor, mais valia cuidares do teu jardim



Sabes, meu amor, tu a quem sempre me dirijo,
Porque só faz sentido dirigir se houver sentido,
Sabes, mais valia cuidares de flores!
Deixares aos tigres os desamores
E às cobras os dissabores.

Que vai restar de ti, depois desta dura batalha?
Não haverá nada que te valha!
Lembras-te? Tu já viste isso nas tuas premonições,
Pressentiste isso nas tuas orações…
E mesmo assim… vais, vais dar de mim!
Vais dar de mim, ai de mim…
Quem te disse parte de mim para dares de nós?
Não me ouves, não ouves a tua própria vós vais por que vais, o sentido de ir é mais forte
Vais num ímpeto sempre pronto para a morte
Desejo-te pouco mais que boa sorte.

Ai essa parte de mim que de mim própria não gosta!
Ai essa parte de mim que teima,
E que vai até onde cai e onde se queima,
E quase sente e aposta que é no ir e no seguir que está o caminho...

Para ser, para surgir e renascer
Sim eu sei
Por isso vai
Eu te apoiarei
Por isso cai e eu te erguerei
Como sempre vai em frente
E se não houver caminho voa
E se não houver norte vai para onde te soa a sorte
Vai, porque alguém tem que ir
E o teu destino é seguir.
Mas, acima de tudo lembra-te da promessa… forte promessa na origem
Será esse o enorme valor que te amparará na vertigem
E sarará a dor...
Vai meu amor.

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