Estou cansada da tua verborreia.
Estou cansada da sublime sapiência do nada!
Nada faz sentido nesse imiscuir sem Ciência!
Alguma das tuas duas ideias tem algo de original?
Sabes ao menos tomar um banho e retirar de ti o que é ranho
e lamaçal?
Estou cansada
Estou cansada de tolerar um e outro e outro
Como quem abre nozes podres
Apetece-me fugir daqui, ir onde os frutos dêem flores,
Onde os convivas e os amores
Tenham autenticidade e sabores.
Estou cansada,
tão cansada da fatuidade,
da flatulência, da indecência, da vaidade...
Retórica matracada vomitada
não sentes a nada
não sabes a nada
és só verborreia
Uma coisa feia, apenas gaboleia.
E eu aqui enfiada noite e dia...
a sofrer gradualmente a minha própria cacotenia...
A Lúcia
Sem comentários:
Enviar um comentário