vai longa a noite
e se eu pudesse dizer a essa nesga verde
de gente que ainda conserva algo de terno e puro
se eu pudesse abanar esses juncos moldáveis
tenros e inquebráveis
se soubessem esses mancebos
que vão ociosamente para o matadouro
e rebeldemente em manda se afastam do âmago de si mesmos...
sentir que os abraça a putrefacção
como mácula asquerosa
sai de mim em desespero
um quebrar gutural
como se de vós
sai-se um anjo para salvar a voz
de algum mal
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