Meu amor oferece-me um livro que conte coisas doces meu
amor.
Meu amor,
Queria um livro,
Um livro que me surpreenda
Que me toque a alma
Que me reapaixone
Quero um livro de lombada crepe e histórias rosa
Quero um livro que seja a minha caligrafia nua
Quero um livro que seja os meus seios em prosa
Oh, meu amor,
Atingi… o meu ponto de equilíbrio,
Já sei onde é o ponto de massa da alma
E agora… com calma.
Mantenho este membro erguido
Para que não tombe
e se mantenha… e que ribombe
se for possível soar
meu amor.. oferece-me um livro para amar
meu amor oferece-me um ombro para ler
oferece-me um leito para estar
oferece-me um peito para padecer…
Lúcia Cunha
O poema tem ritmo e para ser mesmo bom é só cortar todas as palavras "amor" e ficará perfeito.
ResponderEliminarAgradeço que tenha lido e agradeço o seu comentário.É muito gratificante fazer este diálogo.
EliminarMas "cortar" e ainda por cima o "amor" é uma coisa terrivelmente dolorosa.
Como posso tocar os que me ouvem se não chegar a eles? é preciso repetir e repetir, até chegar a "si". Até o poder beijar com as palavras, arrancá-lo para uma luta... ou o que quer que seja.
Mas é bom fazer este diálogo, porque assim percebo que a minha harpa pode estar desafinada e em vez de cântico pode chegar um grito ruidoso.
Bem haja.