quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Qualquer dia meu amor... mas hoje não!



Qualquer dia meu amor,
Toco-te a tua cara de cera
Qualquer dia meu amor
Toco-te a tua pele de mármore
Qualquer dia meu amor
Cubro-te o rosto com beijos de seda
Tapo-te a alvura qual veste árabe…
Qualquer dia, qualquer dia… mas hoje não.
Estou demasiado cansada e triste
Estou demasiado desmotivada para ser feliz…
Que preguiça de ser
De erguer a alma e viver.
“Levanta a cabeça miúda”
Oiço dentro de mim como uma semente
Daquelas que caiem para crescer…

Qualquer dia meu amor ergo-me como se ergue da terra a plântula
E abro ao céu as minhas folhas
Porque sim meu amor eu vim aqui para viver
Vim aqui para merecer
Sim amor, vim aqui para ser apenas como o é qualquer flor
E imagina meu amor quanta alegria dá apenas uma das minhas pétalas de cor…

Lúcia Pereira da Cunha

Sem comentários:

Enviar um comentário