quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

O nascer do Sol

Nada vai ocorrer se ficar presa na areia sem me mexer.
As músicas do Azambujo dizem coisas de mim, porque são musicas que dizem coisas de toda gente. De momento servem para reafirmar a minha vontade de não ficar presa na areia e caminhar, finalmente, na jovialidade dos dias loiros, grisalhos ou verdes. Posso voltar a usar as palavras como quiser, sem medo e elevá-las leves, sem queixume, sem medo...
A Luísa diz que "Todo o poeta ou escritor/Todo o actor ou escultor/Sonha um dia amar assim/Sonha ter alguém para si". E eu volto ao princípio e aos meus princípios sem ser um regresso a qualquer ponto, mas antes a lembrança dos meus próprios enunciados: "sempre fiz tudo por amor". Não posso continuar esta estrada se não voltar a pôr amor na bagagem, untar com ele as botas de caminhada, proteger a pele com ele,pô-lo nas mãos, na enxada...
Amanhã, vou de novo olhar de frente para o caminho, fazer o que tiver que fazer, não fazer nada por fazer e recordar que é por amor.
Quando as folhas caírem eu ainda estarei lá e que seja o amor que me ajude a persistir de pé, em pé e a pé.
  Lúcia Cunha

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