As músicas do Azambujo dizem coisas de mim, porque são musicas que dizem coisas de toda gente. De momento servem para reafirmar a minha vontade de não ficar presa na areia e caminhar, finalmente, na jovialidade dos dias loiros, grisalhos ou verdes. Posso voltar a usar as palavras como quiser, sem medo e elevá-las leves, sem queixume, sem medo...
A Luísa diz que "Todo o poeta ou escritor/Todo o actor ou escultor/Sonha um dia amar assim/Sonha ter alguém para si". E eu volto ao princípio e aos meus princípios sem ser um regresso a qualquer ponto, mas antes a lembrança dos meus próprios enunciados: "sempre fiz tudo por amor". Não posso continuar esta estrada se não voltar a pôr amor na bagagem, untar com ele as botas de caminhada, proteger a pele com ele,pô-lo nas mãos, na enxada...
Amanhã, vou de novo olhar de frente para o caminho, fazer o que tiver que fazer, não fazer nada por fazer e recordar que é por amor.
Quando as folhas caírem eu ainda estarei lá e que seja o amor que me ajude a persistir de pé, em pé e a pé.
Lúcia Cunha
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