Como teria sido a vida se tivéssemos tido coragem de a
escrever de forma diferente?
Hoje não tenho forças para amar mais que a conta
Hoje a alma retirou-se para não se contagiar pelo corpo
doente
Não quero forçar a alma a um exercício extramundano
Se não tenho auxilio da mente
E a minha hoje repousa num corpo frágil e doente
Valha-me o levofloxacino, a levofloxacina ou ácido
clavulânico.
Se ao menos eu estivesse forte
Ou a força cuidasse de mim
Forte, só sou… se não estiver assim!
E se assim não estiver
Também posso ainda ser
Basta dar um tempo e recolher
E amanhã… amanhecer.
E tu meu amor…
Não sei que te dizer
Como teria sido vida que não tivemos que viver
Mas sei que a minha parte está feita
E a tua fizeste como quiseste fazer
Não tenho na mão receita
Epifania ou salvação
Revelaste sempre alguma afeição
para consultar nigromante e adivinhante por vocação
Como se decidir não fosse a tua devoção
Mas hoje ainda não é ainda o dia dessa convocação
tenhamos em privança e num dia de verão.
A Lúcia
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