quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

E a mim... abandonou-me a musica



E a mim, abandonou-me a musica e a musicalidade das coisas,
E a mim abandonou-me em desespero arrancada a alma,
E parece que nunca mais nada será igual
Parece que chegamos ao inicio do ponto final.

Nunca mais será igual a nada
E nada será igual.
Não sei se vejo o mal
Ou apenas vejo mal.

Só sei que nada será igual… e sinto que se perdeu algo de musical.
E a corda ficou encravada…

O silêncio abafa os gritos e esperamos que cheguem as águas e as lamas…
Para já, quanto durará este negro inverno?
Oxalá me voltes a cantar
Oxalá te volte a encontrar dentro de mim novamente
Faço-te o chamamento…
E não sei que nome de alguém te chamo neste momento…
Nenhuma outra personagem
Te pode caber
Vem, faz ressuscitar, nascer
Renovar...

Sinto que se recomeçar…
Sinto que talvez não te vás dissipar
Talvez não haja, já, perecer…
E haja porém algo de forte e força visceral
 De forte força em ventre negral
Seja mãe natureza imortal
Ou, então…
Talvez tenha razão
Deste vez foi grande o mal, não voltará nada
A ser como antes meu bom …
... Camarada.




Lúcia


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