quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

A menina dos sapatinhos vermelhos



Tenho que "Ser", meu amor,
 A tua flor.
Oiço de novo a voz, meu amor.
Vem de trás da montanha, como desce a neblina.
E a noite parece eterna.
Mas eu já cheguei.
Vamos lutar!
Só preciso do banho revitalizador,
Só preciso de novo meu amor.

Sim, dói-me o corpo e tenho algumas cicatrizes da ultima batalha.
Mas agora, eu já sei como é, nada... me custará nada.
Nós não somos de vícios nem de hedonismo.
Prontos para a batalha como anjos puros,
Veste a tua armadura meu amor, tua armadura prateada.
Eleva-te sobre a grande muralha,
A Fénix já eclodiu!
Pobre do monstro que me engoliu, rompemos as entranhas da noite.
Sim, porque sem ti não era capaz,
Chamo-te para o fogo e para luz,
Chamo-te para o nosso despertar,
Chamo-te não como uma Deidade que seduz,
Chamo-te como a sede chama a água,
Chamo-te como se tivesses mesmo que vir,
Porque vens para lá de mim,
Porque vens para onde todos temos que estar!

Vem meu amor,
Tenho todas as palavras do mundo para te dar
Nesse deserto onde andas perdido.

Sem saber onde beber
vi-te, sabes? Sabes que te vi?
Vi-te na penumbra a deambular.

Pensei que era vil ou hostil, do outro lado, onde me parecia ver-te lutar
Mas agora sei...
Estás perdido não é?
E eu preciso tanto de ti,
Preciso tanto do teu entusiasmo,
Da tua fé nas coisas boas,
Anda, vamos, tu és tudo o que faz falta.
Fazes falta aqui, a ti e a mim.


A Lúcia



Sem comentários:

Enviar um comentário