Tenho que "Ser", meu amor,
A tua flor.
Oiço de novo a voz, meu
amor.
Vem de trás da montanha,
como desce a neblina.
E a noite parece eterna.
Mas eu já cheguei.
Vamos lutar!
Só preciso do banho
revitalizador,
Só preciso de novo meu
amor.
Sim, dói-me o corpo e
tenho algumas cicatrizes da ultima batalha.
Mas agora, eu já sei como
é, nada... me custará nada.
Nós não somos de vícios
nem de hedonismo.
Prontos para a batalha
como anjos puros,
Veste a tua armadura meu
amor, tua armadura prateada.
Eleva-te sobre a grande
muralha,
A Fénix já eclodiu!
Pobre do monstro que me
engoliu, rompemos as entranhas da noite.
Sim, porque sem ti não
era capaz,
Chamo-te para o fogo e
para luz,
Chamo-te para o nosso despertar,
Chamo-te não como
uma Deidade que seduz,
Chamo-te como a sede
chama a água,
Chamo-te como se tivesses
mesmo que vir,
Porque vens para lá de
mim,
Porque vens para onde
todos temos que estar!
Vem meu amor,
Tenho todas as palavras
do mundo para te dar
Nesse deserto onde andas
perdido.
Sem saber onde beber
vi-te, sabes? Sabes que
te vi?
Vi-te na penumbra a
deambular.
Pensei que era vil ou
hostil, do outro lado, onde me parecia ver-te lutar
Mas agora sei...
Estás perdido não é?
E eu preciso tanto de ti,
Preciso tanto do teu entusiasmo,
Da tua fé nas coisas boas,
Anda, vamos, tu és tudo o
que faz falta.
Fazes falta aqui, a ti e a
mim.
A Lúcia
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