Quando te vejo frágil
Quando te vejo leve e quebradiça
Quando me escapas como um suspiro um eflúvio
Tudo parece negro
Tudo parece dúbio
Sinto as peias nos pés
Amarras e correias
Se te perdes… eu não sou não sendo mais tu o que tudo és…
Frágil
Fracasso, perda…
E não, não posso alimentar este apego
Que me apega e prende
Mãos e pés… e não respiro…
…não, não… é como perder o rumo e entrar no vácuo num deliro…
Agarro-me!
Não, tu ficas!
Agarro-te!
Não e fico forte e dura…
Que mais pode acontecer?
Tudo, aos poucos… em passos…
Vamos… vou…
Vai-se resolver.
É só um alustre do temer
Mas não profiramos a palavra para que a palavra não se
torne ser.
Anda, agarra-te!
Nós não vamos morrer.
Anda agarra-te,
Não é hoje que vai acontecer,
Anda, nós hoje não vamos morrer!
Lúcia