Fico entre os meandros das coisas
Sem me perder.
Esfrego os olhos e sacudo a alma para ver.
Ainda sei para onde vou,
Ainda sei porque estou.
E, esta noite sonhei com leitos de rios
Secos e vazios,
peixes mortos nas margens...
Ainda sei para onde vou.
(Se não vens, não sei que te prende.)
E aqui, nada ainda é suficiente,
às vezes falta a força do sentir,
falta o tempo para ouvir...
E tanto ainda que não se aprende!
E, às vezes, ainda é preciso
ser-se canivete suíço
fazer o pino sempre com um sorriso.
A urgência das coisas precipita-se
sem nos dar descanso
o tempo avança
e nós precisamos da
serenidade e da perseverança
da celeridade e da alegria de uma criança
e o tempo avança
e eu sonhei com leito do rio vazio
que não se vai-a de mim, também a água que banha a alma
que não se implante em mim apenas silêncio em forma de calma
que o lodo não me toque as veias
e que ainda me sobre áurea de tornar melhores as coisas
feias.
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