Sabes como estou farta, cansada de gente.
Sabes a que sabe este sabor putrefacto de gente podre-pobre?
Fico em silêncio parada encostada
Num sítio qualquer… Nasci soldado e tenho que ser só mulher.
Oxalá tenha um bom e velho verde tropa à porta
Já que não me posso proteger
Fico em silêncio calada emudecida… passiva ensurdecida…
E respiro, suspiro, transpiro…
Oxalá venha um bom e velho verde tropa de sempre
E fique aqui à frente a guardar esta porta
Não me importa desde que seja um bom à moda antiga vestido
de verde tropa.
Mas o ideal era ter um aliado que não conhecesse o Mal
mas fosse bom soldado
igual.
Oxalá me montes
guarda
ó guarda
Oxalá.
Lúcia Pereira da Cunha
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