“Olha,
Vamos lá mudar o mundo
Com a nossa sapiência do bem profundo
Bora lá mudar o mundo
Porque se nós não o mudarmos ele muda
E não fomos nós que o orquestramos
E não fomos nós os que o mudamos.”
E depois…
Depois há aqueles que se resignam
Porque sabem que o barco não vai bem
E que sabem que a orientação é o bem
Mas a força e a conjugação não vem…
E é extenuante,
A constatação revoltante
Da necessidade de justificar injustificável por ser o
natural…
De argumentar o que deveria ser por ser
De defender o que realmente é…
E parece mais verossímil e real o nefasto, o mal…
E as palavras ficam-me engasgadas porque …
Parece que duvidamos que esse é o caminho…
E parece que agora é natural andar em círculos e oscilante
Toda a gente perdeu o referencial
Que devia ser uno constante…
Ai como às vezes é extenuante
Defender
o que realmente é em detrimento do que queremos ver
E rir
É a melhor forma de viver
Olha deixa-te ir
Nesse barco nessa viagem
E eu cá fico na margem
Pode ser que alguém não queira ir
Esborrachar-se na barragem.
Lúcia Cunha
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