Sabes,
Não perdi a inocência,
Tomei consciência.
Tomei consciência profunda e real do meu espaço envolvente.
Sabes,
Não, não fiquei desencantada
Tomei o todo da realidade desmascarada
Sinto o cheiro do encanto da vida
De outra forma, noutra medida…
Sabes,
Não é amargura, é placitude.
O sorriso, esse há de vir aos poucos, há de regressar,
como regressam as aves migratórias, volve em plenitude.
Sabes,
não perdi nada…
adquiri consciência do todo, bebi da fonte… não sei
quiçá ainda não me apossei da atitude…
mas isto é só por dentro sinto a acalmia do vento
sinto o passar do tempo.
Não meu amor, não perdi.
Não meu amor, não me perdi.
Só estou agora noutro momento.
Dá-me tempo
É só tempo
Respira o ar
Parou o vento.
Lúcia
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